segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O Desenho de Leonardo Da Vinci


Dentre os inúmeros artistas aos quais eu dedico minha total admiração existe um espaço em meu coração para uns poucos que realmente norteiam minha vida de artista, mais especificamente no campo do desenho. Um deles, é de um homem florentino chamado Leonardo di Ser Piero da Vinci ou, Leonardo da Vinci como foi mais conhecido pelo seu trabalho. Sem dúvida era um gênio de sua época e um dos mais impressionantes artistas de todos os tempos, sem mencionar que o mesmo era um polímata, detentor de vários ofícios incluindo pintura, escultura, botânica, arquitetura, poesia, dentre outros. Entretanto o que mais me moveu para a figura de da Vinci foi a versatilidade e qualidade sem igual de sua trabalho gráfico personificado nas inúmeras facetas e técnicas de desenho.

A diversidade do seu trabalho era facilmente dividida entre os trabalhos que se agrupavam no campo do conteúdo e no campo técnico formal. Trabalhos intensos e em grandes quantidades marcaram a vida do artista podendo ser detalhados a partir dos trabalhos de sua juventude até os magníficos projetos para grandes obras e invenções fruto da sua maturidade como artista. Em sua totalidade podemos perceber a variação de técnicas como o giz de cor, a pena, o pincel, a ponta metálica e a sanguínea que marcou grande parte da obra do autor e, serve de marco para definirmos um determinado período que da Vinci abusou da técnica em dezenas de desenhos. Foi justamente com a sanguínea que da Vinci desenvolveu um estilo próprio de desenhar ao qual denominou “traços rápidos curvos” que dão delicadeza e elegância às suas peças diferente de qualquer outro artista de sua época.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Lo Pan

O grande guerreiro foi condenado no passado a viver como morto-vivo pelo terrível deus Shing Tai e somente quando este espírito oferecesse uma chinesa de olhos verdes em sacrifício, o espírito do mal se tornará carne novamente.

Lo Pan - Arte Digital


Sobre Traçados, Temas e Amadurecimentos.

Em diversos aspectos da jornada do desenho, percebo que muitas pessoas possuem uma imensa dificuldade em absorver a idéia de que o traço tem uma importancia fundamental na peça a ser construída, levando muitos artistas a cometerem certos equívocos, muitas vezes taxados como infantis em seus trabalhos. Não me refiro somente a artistas iniciantes mas muitos profissionais do mercado que negligenciam o elemento "traço"gerando uma peça muitas vezes inconstante e desconfortável aos nossos olhos.

Quando comecei a desenhar e mesmo quando busquei me aperfeiçoar na universidade, percebi, à duras penas que meu desenho carecia de traço e que minhas obras não estavam, como costumamos dizer, amarradas. Graças a um esforço árduo, encontrei uma direção para meu trabalho e hoje não somente aperfeiçoei minha técnica, mas me sinto mais confortável em produzir sem o medo do trabalho aparentar ser incompleto. Hoje, é possível ver trabalhos meus de alguns anos atrás e notar uma maior maturidade crescendo no decorrer das linhas, coisa que eu não tinha muito tempo atrás. Talvez a imaturidade, herança da adolescência tenha refletido no meu início de vida adulta e, consequentemente tenha contaminado meu trabalho. Hoje percebo o quanto isso é normal.

Um outro aspecto mais positivo é a questão da temática que eu vejo em muitos artistas iniciantes e comparo com os mais experientes e vejo como há uma relação forte entre a vivência e o amadurecimento com o trabalho desenvolvido. Isso significa que nós artista desenhamos nosso crescimento ainda que inconscientemente no decorrer de nossa vida. Caso eu esteja sendo muito vago, observemos o desenho do Charles Schulz ao fim de sua vida: o trabalho direto, objetivo, singular e maduro, diferente de algum artista nos seus vinte e poucos anos que está com todo o gás e quer o imediatismo na porta de casa antes das dez e meia!

Enfim, me confortam esses aspectos do meu trabalho diante do decorrer de minha vida e me dá uma nova abertura para entender que não há uma quantidade de desenhos a se fazer em vida para aperfeiçoar o traço e sim, uma vivência em desenho que só será possível aprendendo, tentando, errando e aprendendo mais ainda.

Enfim, grande abraço!